Vegetarianismo

Revisando nossos hábitos alimentares

 

 

A questão da alimentação humana é um tema tão amplo e complexo quanto polêmico e controverso. O assunto "dieta" tem chamado cada vez mais a atenção das pessoas e a cada dia mais e mais livros e revistas têm sido publicados sobre o assunto - dentro dos mais diversos níveis de abordagem. Embora a noção básica que temos hoje sobre alimentação esteja fundamentada em uma herança cultural profundamente arraigada, hoje em dia muita coisa que inicialmente era considerada "saudável" já tem sido revista e até reclassificada, em muitos casos, com um rótulo oposto.

Há diversas teorias sobre o que se deve ou não comer, sobre a melhor forma e os ritmos em que as refeições devem acontecer, mastigação, combinação de alimentos, e tantos outros subtópicos. Todas essas teorias parecem ter seu próprio grau de confiabilidade, uma vez que cada uma delas foi tecida de a partir de um determinado nível de raciocínio, que será sempre válido dentro do ponto de vista em questão. Lidando com distintos níveis de visão, algo que pode ser extremamente válido para um dado nível pode ser até mesmo desastroso se considerado em um nível diferente daquele primeiro. Diante da vasta literatura disponível a respeito do assunto atualmente, faz-se necessário um cuidado especial ao se considerar cada informação ou teoria que nos chega.

Tomemos como exemplo a teoria das proteínas. Há algum tempo atrás acreditava-se que uma dieta saudável demandaria um alto consumo de proteínas. Dessa forma seriam consideradas como "boas" fontes de proteínas os alimentos que contivessem uma alta concentração desses elementos e/ou uma ampla variedade de aminoácidos (unidades que constituem as proteínas). Não chegava a ser considerada a qualidade das proteínas a serem ingeridas, à qual processo metabólico aqueles elementos iriam ser submetidos, quais outros elementos iriam interagir no processo de catálise, se haveria ou não alguma toxicidade resultante do processo de quebra daqueles elementos, bem como uma série de outras questões que a princípio não teriam sido levadas em conta.

 

Pesquisas recentes mostraram que não necessitamos de tanta proteína quanto se pensava anteriormente. A dosagem recomendada de proteínas caiu para mais que a metade nos últimos 20 anos. A Organização Mundial de Saúde estabeleceu uma dose mínima diária de proteínas como aproximadamente 5% da ingestão diária recomendada de calorias, embora hajam outros estudos que suportam a idéia de que é possível manter uma boa saúde em uma vida de intensa atividade consumindo-se apenas 2,5% de calorias diárias como proteínas, ou seja, o equivalente a 20 g/dia para um homem adulto e até menos que isto para uma mulher adulta. Outras correntes analisam as necessidades protéicas humanas a partir do seguinte ponto de vista: o ser humano apresenta a máxima taxa de crescimento tecidual enquanto bebê, de forma que suas necessidades protéicas nessa fase atingem o ápice em sua existência. O bebê obtém sua dose ideal de proteína através do leite materno, o qual possui 1,1% de teor protéico. Ao alcançar a fase adulta, como o consumo de proteínas será necessário apenas como auxiliar na manutenção e regeneração do organismo, pois não há mais crescimento. Assim, as necessidades de um adulto seriam ainda menores!

Atualmente consome-se enormes quantidades de proteínas indigestas, que não são corretamente digeridas ou utilizadas pelo organismo. O esforço do organismo para eliminar essas toxinas é, em geral, interpretado como "doença" e atacado com produtos farmacêuticos que interferem nos processos naturais de auto-cura do corpo.

 

Sabe-se hoje que um dos benefícios de uma dieta vegetariana é que ela contém uma quantidade adequada e não excessiva de proteínas. A maioria das pessoas traz consigo, desde a infância a informação de que uma dieta equilibrada deve conter elementos de todos os tipos, inclusive a carne e o peixe. As pesquisas mais atualizadas, no entanto, demonstram que o mito da carne como fonte indispensável de proteínas perdeu todo o suporte científico de que outrora desfrutou.

Atualmente o vegetarianismo conta com o suporte de inúmeros estudos científicos nas mais diversas áreas. Diversas pesquisas mostram que os vegetarianos apresentam menos riscos de doenças cardíacas, hipertensão, obesidade, diabetes, câncer, diverticulite, desordens intestinais, cálculos biliares e renais e osteoporose (Journal of the American Dietetic Association, nov/93). As dietas vegetarianas têm sido empregadas com êxito no tratamento de diversas doenças, incluindo obesidade, artrite reumatóide e síndrome nefrótica.

Cada espécie animal é programada geneticamente para uma dieta específica, que é instintivamente seguida por todos os seus membros. Assim, cada espécie sabe exatamente o que comer. Os humanos, ao contrário, escolhem sua própria dieta, muito mais por tradição e cultura dos que por restrições físicas. E foi através das influências culturais que os humanos vieram perdendo, gradualmente, o contato com suas reais necessidades alimentares e outros instintos. Os comportamentos humanos tão destrutivos em todo o mundo indicam que a toxicidade devido aos maus hábitos alimentares tem levado a humanidade à insanidade e à perda de controle. A probabilidade da destruição de todas as formas de vida no planeta é progressiva e hoje eminente, representando uma conseqüência direta da perda de contato com os ritmos naturais que deveriam reger a vida humana.

Há estudos que derrubam a crença - até agora incontestável - de que o ser humano seria um "onívoro" e em seu lugar surgiu a idéia de que o homem teria sido carnívoro em seus primórdios, mas evoluiu organicamente para a condição de herbívoro. Enquanto os cientistas discordam sobre a anatomia e fisiologia específicas do seu humano em relação à sua dieta, uma das melhores indicações de que os humanos teriam sido designados para uma dieta vegetariana são os benefícios que ela proporciona, em oposição às inúmeras doenças e disfunções associadas à ingestão de carnes.

É cada vez maior o número de pessoas em todo o mundo que têm substituído a habitual dieta onívora por uma dieta vegetariana, sejam motivadas por idéias de respeito aos animais, por preservação ambiental, por crenças filosóficas ou mesmo por cuidados com a saúde. A diversidade de ideologias dentro do vegetarianismo pode ser retratada pela enorme galeria de celebridades ao longo da história, que vão desde Pitágoras, Platão, Sócrates, Plutarco, Sêneca, Leonardo da Vinci, Voltaire, Tolstoi, Gandhi, Thomas Edison, Albert Einstein, Martin Luther King, até ídolos mais atuais como Sinéad O'Connor, Sarah McLachlan, Annie Lennox, Madonna, Richard Gere, Dustin Hoffman, Paul Newman, Brad Pitt, entre tantos outros.

Se as pessoas se recusarem a manter seus antigos hábitos alimentares e começarem a repensar sobre a razão e o porquê de todo o processo alimentar, poderão obter resultados surpreendentes.

Esta página está ainda em processo de construção. Temos a intenção de criar aqui um espaço para informações, receitas, troca de experiências, e todo o tipo de divulgação de sites, arquivos, livros, revistas, tudo o que puder auxiliar àqueles que estão buscando se inteirar a respeito da prática vegetariana. Temos uma série de arquivos a respeito do assunto (muitos ainda estão para ser incluídos nesse espaço) à disposição dos interessados. Nesse caso, é só escrever para o seguinte email:

veggie@samerica.com

ou pelo icq # 29116735

 

Aí vão alguns links interessantes (todos em inglês):

"Lots of" informações sobre veganismo e vegetarianismo

Veggie links

Vegetarian Pages

Vegetarian Resource Group

Veggie Heaven

Beyond Vegetarianism

Veggie Sports Association

Vegan Straight Edge

Vegan links

Vegan Bikers

Vegan Society

Vegan Society of Australia

Vegan Books

Vegan Action

Vegan Voice

#Vegan

Vegan Village

Vegan House

Vegan.com

 

Em nome dos animais:

World Animal

People and Animals

Horror

Farm Factory

Animal Rights

All Creatures

Compassion Over Killing

 

Outros links:

Not-Milk Page

Living and Raw Foods

Land of Rella

The Encyclopedia of Fruitarianism and Rational Living

Frugivorismo: um passo adiante

Food Combination : Algumas linhas sobre combinação de alimentos

Peta

Earthsave

Greenmarket